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Raposa Herbívora | Libertação animal, na teoria e na prática

31/08/2021

Precisamos realmente de colagénio de origem animal?


Quantos produtos não possuem colagénio na composição e que prometem fortalecer o cabelo, deixar as unhas mais bonitas ou melhorar o aspecto da pele? Desde comprimidos à tradicional gelatina, passando por champôs e cremes, o colagénio é obtido industrialmente a partir dos ossos e da cartilagem dos bovinos.
Muitas bloggers e influenciadoras indicam o colagénio como um ingrediente essencial, mas será ele verdadeiramente vital para conseguirmos uns cabelos, unhas e pele bonitos ou não passará de um esquema patriarcal, aliado à indústria da beleza, para pressionar as mulheres a gastar dinheiro em cosméticos que prometem o inalcançável que lhes é imposto?

“Dizer que é necessário ingerir colagénio para ter colagénio no corpo é tão absurdo quanto dizer que precisamos de ingerir fígado para termos fígado, ou cérebro para termos cérebro.”

— Dr. Eric Slywitch, médico especializado em nutrologia

O colagénio é a proteína estrutural principal que proporciona sustentação às células, mantendo-as unidas em diversos tipos de órgãos e tecidos como pele, ossos, cartilagens, ligamentos, tendões e artérias. O colagénio é composto por aminoácidos — glicina, prolina e lisina — e por mais dois aminoácidos derivados da prolina e da lisina através de processos enzimáticos e que são dependentes da vitamina C – a hidroxiprolina e a hidroxilisina. O nosso organismo é capaz de sintetizar o colagénio a partir desses aminoácidos presentes nos alimentos, pelo que a chave para uma pele, cabelo, ossos e unhas saudáveis é uma alimentação equilibrada que inclua vitamina C e esses aminoácidos – e isso é possível com alimentos vegetais. Eis alguns que devem ser tomados em conta:


É importante frisar que o consumo de colagénio já pré-formado (ou seja, aquele que é tomado em pó, cápsulas, etc.) é ineficiente, visto que este é hidrolisado nos aminoácidos para ser ressintetizado pelo organismo.

“O colagénio dá elasticidade à pele e a sua produção pelo corpo reduz com os anos. Mas passar cremes não aumenta o colagénio da pele. A proteína é grande demais para entrar na célula e fica espalhada do lado de fora. Se ingerido, o colagénio é desmontado pela digestão e não chega à pele. Ingerir colagénio só deixará a pessoa com rugas e mais pobre.”

— Alicia Kowaltowski, professora de Bioquímica do Instituto de Química da USP
— Natália Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência
“(...) O colagénio ingerido por meio das carnes não se transforma em colagénio no nosso corpo. Para produzir colagénio, o nosso organismo precisa de quebrar a proteína ingerida e, utilizando os seus aminoácidos, montar o próprio colagénio, que será inserido em regiões específicas do corpo (...). A gelatina, além de ser um composto derivado de animais (...) não é uma fonte rica em proteínas e colagénio, como muitos acreditam. (...)
Quando se trata de metabolismo, há uma regra que diz que é melhor remover a agressão e optimizar a protecção. E, sobre esse tema, há dois aspectos importantes a serem considerados:

• Quanto mais antioxidantes a dieta contém, menos colagénio é destruído. O reino vegetal contém 64 vezes mais antioxidantes do que o animal, então adoptar uma alimentação vegetariana baseada em produtos naturais e integrais traz vantagens para a estrutura da pele.

• Níveis elevados de cortisol (uma das hormonas produzidas em situação de stress) causam destruição de colagénio. Assim, menos stress significa maior preservação.”


— Dr. Eric Slywitch in Virei Vegetariano, e Agora?

A objectificação dos animais não deve ser perpetuada

O colagénio é só mais uma das milhares substâncias de origem animal que utilizamos habitualmente sem pensarmos um pouco sobre a sua origem. Assim como os restantes subprodutos ligados à pecuária, é conseguido a partir da exploração exaustiva dos animais, que não são poupados por uma indústria que não olha a meios para lucrar maximamente com eles.

Uma alternativa para quem gosta de gelatina é o ágar-ágar, extraído das algas marinhas e dez vezes mais consistente, o que o torna mais rentável.

É possível sermos saudáveis por dentro e por fora sem usarmos quaisquer produtos e subprodutos de origem animal: prefiram alternativas vegetais mais naturais e rejeitem a crueldade.


Imagem: Pinterest
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alimentação antiespecismo cosmética e higiene
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17/08/2021

Aromatica NÃO É cruelty-free


A Aromatica é uma marca coreana de cosméticos para os cuidados da pele, muito apreciada por priorizar ingredientes orgânicos e naturais. Com a nova legislação da Coreia do Sul, que restringe o uso de animais em testes desde 2018, muitas marcas desse país têm sido adicionadas em listas cruelty-free, incluindo esta. Mas será a Aromatica realmente cruelty-free? Ao longo do artigo perceberão porque não devem confiar em todas as informações que encontram, tanto de listas, como das próprias marcas e das certificações e selos concedidos por organizações ditas cruelty-free/veganas.
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cosmética e higiene
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29/07/2021

Cosmética natural | Batom hidratante Miristica


É no atelier mais perfumado da Lousã que os cosméticos da Miristica são criados com muito amor. Das marcas portuguesas artesanais que já experimentei, esta é uma das que mais gosto: tanto pelo cuidado que a Inês tem na preparação dos produtos, como pelas suas matérias-primas serem de pequenos produtores e do comércio local, como por ser totalmente vegana.
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cosmética e higiene
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17/03/2021

Beleza sem sofrimento | 30 Batons cruelty-free


O batom é um item indispensável para quem adora maquilhagem: do discreto nude ao clássico vermelho, há milhares de tons para satisfazer todos os gostos. Sólido, líquido, mate ou metálico, é um dos produtos de beleza mais utilizados.
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cosmética e higiene
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10/03/2021

Maternidade vegana com a Ana Laura Hermann 🧡 Colectivo OVELHA


Uma das coisas que mais adoro nesta rubrica é a possibilidade que me dá de conhecer mulheres fantásticas: a Ana Laura é uma delas. Mãe e activista vegana e feminista, a Ana luta por uma maior visibilidade das mães e crianças em ambas as militâncias, que, infelizmente, continuam a ignorar bastante a existência delas. Defende que conflitos comuns, como familiares e escolas não aceitarem ou não respeitarem a educação e a alimentação que os pais dão à sua criança, devam ser vistos como um problema colectivo e não individual. Aliás, foi precisamente quando se começou a ver essa pauta como um problema colectivo que em Portugal, finalmente, passou a ser lei que todas as cantinas públicas incluíssem uma opção totalmente vegetal (se bem que ainda há muito trabalho a fazer).

Além de pertinente e necessário, o seu posicionamento levanta muitas bandeiras que tanto o veganismo como o feminismo devem enxergar e acolher, pelo que não podia ficar de fora desta entrevista, juntamente com as suas experiências e vivências enquanto mãe. Acredito que as suas palavras encorajadoras inspirarão várias mulheres e mães a encontrarem a sua voz e a não ficarem (mais) caladas.
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gravidez & crianças maternidade vegana
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