O teste de Draize foi criado pelos toxicólogos John H. Draize e Jacob M. Spines em 1944. O objectivo é testar a irritabilidade de certas substâncias através da observação dos seus efeitos na pele e nos olhos dos animais, denominados por teste de irritação cutânea e teste de irritação ocular respectivamente. Anestesias não são utilizadas em ambas as experiências.
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“Estou disposto a acreditar que sempre que o cérebro começa a gerar sentimentos primordiais — e isso poderá acontecer bastante cedo na história evolutiva — os organismos tornam-se sencientes numa forma primitiva (1). A partir desse momento, poderá vir a desenvolver-se um processo de um eu organizado [organized self] que se acrescenta à mente, garantindo assim o início de mentes conscientes mais complexas. Os répteis, por exemplo, merecem essa distinção, as aves ainda mais, e para os mamíferos não há qualquer dúvida. A maioria das espécies cujo cérebro dá origem a um eu [self] fá-lo a um nível nuclear. Os humanos possuem tanto um eu nuclear como um eu autobiográfico. Há uma série de mamíferos que provavelmente também têm ambos, como os lobos, os nossos primos símios, os mamíferos marinhos, os elefantes, os felídeos e, claro está, aquela espécie especial chamada cão doméstico.”
António Damásio. O Livro da Consciência. Lisboa: Temas e Debates. 2010, 45 [Self Comes to Mind.Constructing the Conscious Brain. London: William Heinemann. 2010, 26]
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Perdido. Talvez seja essa a melhor definição para o estado actual dele. Desconhece como chegou naquele antro de tristeza cinzenta. Desconhece se é dia ou de noite: a pequena luz que ilumina o espaço não calendariza o tempo. Só o desprezo pela sua existência grita na intermitência daquela parca luz.
Muitas pessoas acreditam que as vacas dão leite constantemente e que, por isso, precisam de ser ordenhadas. A ideia de que o leite que compramos no supermercado provém de animais criados ao ar livre e imensamente felizes, como os anúncios insistem em transmitir, também ajuda a esconder a realidade de uma indústria que explora, mutila, viola e mata milhões de vidas anualmente.
Esta realidade, que é bem mais negra do que o céu azul e os prados verdes que idealizamos, é constituída por várias etapas que, apesar de diferentes, têm algo em comum: o sofrimento perpetuado para que o ser humano possa continuar a consumir leite e derivados.
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Entre as muitas sevícias a que os bovinos, vítimas da tauromaquia, são sujeitos ao longo das suas curtas vidas inclui-se a mutilação das orelhas, uma prática realizada em quase todas as ganadarias.
Após sofrerem psicologicamente com a separação maternal, e ainda serem queimados com ferros em brasa em várias zonas dos seus corpos, os animais são também sujeitados a dolorosos cortes nas orelhas - que, habitualmente, acontecem no mesmo dia da ferra.
Estes rasgões e furos, feitos com navalhas ou facas afiadas, causam ferimentos que atraem as moscas e desencadeiam prolongadas infecções. Esta acção, consumada sem qualquer anestesia, conta com a presença de muitos convidados, cujo intuito é acrescentar mais uma assinatura da ganadaria para que o animal diferencie-se de outras ganadarias.
Nesta fotografia, de um touro da Ganadaria António Lampreia, o corte na orelha é bem visível.
Adaptado dos Marinhenses Anti-Touradas (blogue e facebook).
Veja os artigos restantes no álbum original.
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