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A Coty é uma multinacional com mais de 70 marcas de cosméticos, que vão desde perfumes a produtos para o cabelo. Por comercializar na China, esta empresa (assim como as suas marcas) não é cruelty-free, visto os testes em animais serem requeridos por lei nesse país.
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A comunidade cruelty-free foi surpreendida com o recente alerta da Suzana Rose, autora do Cruelty-Free Kitty, que apanhou a Wet N Wild a vender os seus produtos na China. A marca foi vista na Watsons, a maior loja de saúde e beleza desse país.
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Recentemente, circulou nas redes sociais de que a China tinha acabado com os testes em animais em produtos cosméticos importados. A notícia foi largamente festejada e compulsivamente partilhada por várias organizações e bloggers cruelty-free, visto a mesma ter sido interpretada como o fim de todos os testes em animais no país em questão.
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O governo australiano aprovou uma lei que proíbe os testes em animais na área dos cosméticos. O projecto, denominado Industrial Chemical Charges 2017, foi introduzido na Câmara dos Deputados em Julho do ano supracitado, sendo esta a primeira vez que uma acção foi tomada.
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E aqui estamos nós novamente com mais uma listinha de marcas que pensamos ser cruelty-free mas que, na verdade, não são. Muitas marcas dizem-se cruelty-free e até utilizam indevidamente o símbolo do coelhinho, quando na realidade estão envolvidas em testes cruéis e desnecessários (seja directa ou indirectamente).
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Rachele Totaro é uma activista italiana que utiliza a fotografia como forma de sensibilização. Depois de uma operação para libertar ratos explorados em laboratórios, pegou na sua máquina e captou as reacções deles no primeiro dia que tiveram fora das gaiolas. O objectivo é passar uma mensagem contra os testes em animais.
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Com o aumento da sensibilização contra os testes em animais, cada vez é mais comum encontrarmos o famoso logótipo do coelhinho nos rótulos das embalagens. No entanto, será que podemos verdadeiramente confiar nesse e noutros símbolos similares? Ao longo deste artigo irei explicar a resposta com todos os detalhes necessários para a esclarecer, bem como sanar outras dúvidas igualmente recorrentes dentro do universo cruelty-free.
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Ai os bebés, essas criaturas bolachudas que adoram fazer pipi e pupu por todo o lado. É uma alegria, ó se é. O que não é uma alegria é a quantidade de fraldas descartáveis que pára nos aterros: o lixo gerado por elas chega a mais de 3,4 milhões de toneladas por ano. Como se não bastasse, marcas como a Dodot, Pampers e Johnson's são testadas em animais.
Precisamente pelo impacto ambiental causado por este tipo de fraldas, muitos pais escolhem fraldas de pano e compostas por materiais naturais e biodegradáveis. As vantagens destas perante as descartáveis são muitas:
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Os direitos dos animais estão a um passo de celebrar mais uma vitória: o Canadá aprovou uma medida que tornará os testes em animais para fins cosméticos ilegais. A próxima (e última) etapa é que a medida seja convertida em lei.
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A China e a influência que exerce no universo da cosmética cruelty-free deve ser uma das questões mais debatidas e que mais dúvidas suscita. A quantidade de referências erradas sobre este assunto é assustadora e acaba por nos desorientar, chegando ao ponto em que nem sabemos no que acreditar.
Reeducar-nos enquanto consumidores é um dos passos mais importantes para fazermos escolhas mais éticas e conscientes e isso só é possível com informações legítimas. Precisamente por isso, fiz uma aprofundada pesquisa e espero, através deste artigo, responder às perguntas mais comuns relacionadas com a China e os testes em animais.
A presente publicação teve, como base, dados fornecidos por algumas organizações de direitos dos animais e sites cruelty-free plenamente confiáveis.
Artigo actualizado em: 25/01/2020
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Uma verdade escondida
Devido ao conhecimento comprovado dos malefícios do tabaco, as indústrias fabricantes tentam provar que os cigarros não são muito prejudiciais à saúde através de resultados baseados em testes feitos com animais. Basicamente, os testes em animais na indústria do tabaco existem somente para os lobbistas dessas mesmas indústrias poderem defender-se das políticas relacionadas com a saúde. Tendo em conta que, na área farmacêutica, somente 10% dos medicamentos que passam nos testes pré-clínicos são eficazes nos testes clínicos com humanos, facilmente conclui-se que estas provas são bastante falíveis, ainda com a agravante de estarmos a referir algo que, indubitavelmente, prejudica a saúde humana.
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ATENÇÃO:
• Esta lista comporta marcas que são habitualmente encontradas nas grandes superfícies comerciais. Deste modo, marcas que podem ser adquiridas online e/ou noutros estabelecimentos estão excluídas;
• Existem outras marcas à venda para além das registadas: no entanto, não ofereceram resposta até à data da publicação;
• Veja-se que os testes em animais na área da cosmética foram banidos na União Europeia, mas que muitas empresas listadas continuam a fazer testes noutros países que permitem ou exigem esses testes;
• Nem todos os produtos das marcas não testadas em animais são estritamente isentos de matérias de origem animal, pelo que se deve confirmar sempre os ingredientes antes de adquiri-los.
• Sempre que possível a lista será actualizada, estando a data de actualização na última página.
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O termo cruelty-free aplica-se a produtos que não foram testados em animais, sendo que só pode ser considerada totalmente livre de testes em animais toda a empresa que:
– Não realize testes em animais;
– Não compre ingredientes a fornecedores que testam em animais;
– Não envie ingredientes para que terceiros testem em animais;
– Não venda em regiões que obrigam testes em animais.
Já para ser classificado como vegano, um produto, além de cruelty-free, não deve ter nenhum ingrediente de origem animal.
Infelizmente, muitas marcas continuam a sujeitar-se a um sistema que sacrifica milhares de animais por ano, sendo que algumas delas são erradamente vistas como livres de crueldade pelos consumidores. Abaixo seguem alguns exemplos.
Nota de actualização (27/01/2020): Para a lista ficar mais completa, foram acrescentados os prints das declarações das marcas apresentadas, bem como as respectivas traduções e outros materiais considerados relevantes.
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ATENÇÃO:
• Esta lista comporta marcas que são habitualmente encontradas nas grandes superfícies comerciais. Deste modo, marcas que podem ser adquiridas online e/ou noutros estabelecimentos estão excluídas;
• Existem outras marcas à venda para além das registadas: no entanto, não ofereceram resposta até à data da publicação;
• Nem todos os produtos das marcas não testadas em animais são estritamente isentos de matérias de origem animal, pelo que se deve confirmar sempre os ingredientes antes de adquiri-los;
• Como este espaço é vegano abolicionista, produtos como insecticidas, pesticidas e herbicidas não foram listados por causarem impacto negativo, tanto ao nível da fauna como da flora. No entanto, fica registado que marcas como Raid (SC Johnson), Baygon (SC Johnson), Roundup (Monsanto), Blatanex (Bayer), K Othirne (Bayer), entre outras, são TESTADAS em animais. Para repelir insectos e outros animais pequenos, aceder aqui;
• Como este espaço é vegano abolicionista, produtos como insecticidas, pesticidas e herbicidas não foram listados por causarem impacto negativo, tanto ao nível da fauna como da flora. No entanto, fica registado que marcas como Raid (SC Johnson), Baygon (SC Johnson), Roundup (Monsanto), Blatanex (Bayer), K Othirne (Bayer), entre outras, são TESTADAS em animais. Para repelir insectos e outros animais pequenos, aceder aqui;
• Sempre que possível a lista será actualizada, estando a data de actualização na última página.
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O termo cruelty-free aplica-se a produtos que não foram testados em animais, sendo que só pode ser considerada totalmente livre de testes em animais toda a empresa que:
– Não realize testes em animais;
– Não compre ingredientes a fornecedores que testam em animais;
– Não envie ingredientes para que terceiros testem em animais;
– Não venda em regiões que obrigam testes em animais.
Já para ser classificado como vegano, um produto, além de cruelty-free, não deve ter nenhum ingrediente de origem animal.
Infelizmente, muitas marcas continuam a sujeitar-se a um sistema que sacrifica milhares de animais por ano, sendo que algumas delas são erradamente vistas como livres de crueldade pelos consumidores. Abaixo seguem alguns exemplos.
Nota de actualização (27/01/2020): Para a lista ficar mais completa, foram acrescentados os prints das declarações das marcas apresentadas, bem como as respectivas traduções e outros materiais considerados relevantes.
1. RIMMEL LONDON
A Rimmel pertence à Coty Inc., uma das muitas empresas que continua a sujeitar-se a testes em animais por vender as suas marcas na China.
Para entrar no mercado chinês, uma empresa ou marca tem de assinar um contrato no qual permite que as autoridades do país testem os seus produtos em animais. Além disso, também precisa de pagar taxas ao governo chinês para que esses testes sejam feitos. Só esse pormenor torna a declaração da Coty (e de outras empresas com o mesmo discurso) incoerente: como podem lutar contra os testes em animais se comercializam num país que os exige e ainda têm de pagar para que os mesmos ocorram?
A Bourjois pertence à Coty Inc. e é vendida na China. Só o site francês apresenta uma declaração sobre a política de testes em animais, semelhante à da Rimmel London.
Outra multinacional que coloca o lucro acima da ética. No site, apresenta o seguinte esclarecimento:
Algumas marcas da Revlon são: Natural Honey, Elizabeth Arden, American Crew, Almay e Orofluido.
A declaração da política de testes em animais da Avène difere de site para site: enquanto alguns nada referem sobre o assunto (como o caso do site português), outros não indicam toda a verdade (como o site australiano, que diz somente que a Avène não testa em animais). No entanto, o site britânico apresenta uma declaração mais completa.

Com uma linha de perfumes e cosméticos, a Victoria's Secret deixou de ser cruelty-free quando entrou no mercado chinês.

Tendo em conta esta declaração, é importante ressaltar que:
Apesar dos testes em animais não serem obrigatórios em produtos fabricados na China, esses testes não estão proibidos – ou seja, ainda há o risco dos produtos serem testados em animais;
A China também tem uma lei pós-comercialização que envolve produtos que já se encontram à venda. Essa lei mudou ligeiramente em 2019, deixando de ser obrigatória, mas o governo e as autoridades chinesas podem, se considerarem necessário, retirar os produtos das prateleiras e testá-los em animais na mesma;
Por outras palavras, toda a empresa/marca que venda na China tem os seus produtos submetidos a testes em animais. Por isso, e sem excepção, nenhuma empresa/marca que venda na China é cruelty-free.
Em Dezembro de 2019, foi notícia que a Avon Products Inc. deixaria de testar em animais em todo o mundo, China inclusive. Infelizmente, essa informação é enganosa pelos mesmos motivos que a Victoria's Secret:
Embora os testes não sejam mais mandatórios para cosméticos fabricados na China, não estão proibidos. O mesmo aplica-se para os produtos pós-comercializados. Além disso, a lei continua a exigir que os produtos sejam testados em animais caso haja alguma reclamação por parte de um consumidor. Nesses casos, os produtos são retirados das lojas e testados em animais antes de serem colocados à venda novamente.
A Avon afirma, no seu site, que reformulou alguns produtos para que estes não passem por testes em animais. {fonte} No entanto, isso não elimina o supracitado: não elimina a possibilidade de algum consumidor fazer uma reclamação, bem como não elimina a decisão das autoridades ou do governo de testar em animais quando desejarem. Nenhuma marca, incluindo a Avon, pode proibir os testes em animais quando as autoridades ou o governo chinês assim o decidem.
Para finalizar, a Natura, empresa que adquiriu a Avon Products Inc., faz parte do conselho deliberativo da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). A ABIHPEC tentou impedir a proibição de testes em animais no Rio de Janeiro e Amazonas, submetendo no STF (Supremo Tribunal Federal) processos jurídicos que questionam as leis que proíbem esses testes no sector cosmético. {fonte} Podem consultar a acção de inconstitucionalidade aqui.
A ABIHPEC também é composta pela Johnson & Johnson, Nivea, Colgate e L'Oréal, entre outras empresas que testam em animais.
A Yves Rocher é bastante divulgada como sendo cruelty-free, o que está longe de ser verdade. Infelizmente, está presente na China e, por isso, autoriza que os seus produtos sejam testados em animais.
No site português não há qualquer tipo de informação, mas no francês podemos encontrar esta declaração:
Vira o disco e toca o mesmo: as empresas podem agir localmente na China sem precisarem de vender os seus produtos lá. É hipócrita intitularem-se contra os testes em animais ao mesmo tempo que assinam um contrato no qual permitem que os mesmos aconteçam.
Um aparte sobre a última frase: é engraçado a Oriflame afirmar que submete os seus produtos a testes em animais relutantemente, quando comercializa na China por livre e espontânea vontade, mesmo tendo conhecimento das directrizes sobre os testes em animais lá implementadas.
Como pertence à Estée Lauder, uma das inúmeras empresas que testam em animais quando requerido por lei, não é cruelty-free.

13. AUSSIE

Na Coty, não testamos os nossos produtos em animais e estamos comprometidos em acabar com os testes em animais na nossa indústria. (...)
Alguns governos ou agências estipulam testes de produtos acabados em animais de acordo com os requisitos legais e regulamentares locais. Um exemplo é a China, onde continuamos envolvidos no diálogo com as autoridades chinesas, inclusive por meio da nossa participação activa em grupos industriais, para encontrar alternativas aos testes em animais.
Para entrar no mercado chinês, uma empresa ou marca tem de assinar um contrato no qual permite que as autoridades do país testem os seus produtos em animais. Além disso, também precisa de pagar taxas ao governo chinês para que esses testes sejam feitos. Só esse pormenor torna a declaração da Coty (e de outras empresas com o mesmo discurso) incoerente: como podem lutar contra os testes em animais se comercializam num país que os exige e ainda têm de pagar para que os mesmos ocorram?
2. L'ORÉAL
A L'Oréal também não é cruelty-free por vender na China.
Declaração da L'Oréal no seu site português. {fonte}
Veja-se que nenhuma empresa pode ser considerada cruelty-free mesmo quando os testes em animais são terceirizados, como acontece na China. Afinal, a empresa escolheu e, consequentemente autorizou, que os seus produtos fossem testados em animais, pelo que também é responsável pelos mesmos.
Para uma empresa/marca ser cruelty-free não deve estar envolvida em testes com animais de modo algum, seja directa ou indirectamente.
3. BENEFIT
Além de ser vendida na China, a Benefit pertence à LVMH. A situação da LVMH é igual às restantes empresas e marcas aqui listadas: permite que os seus produtos sejam testados em animais.
Apesar da LVMH ter marcas que não são vendidas na China, ao comprá-las estamos a dar dinheiro a uma empresa que lucra com o sofrimento dos animais. Por esse motivo, não apoio e não divulgo essas marcas.
Ademais, a LVMH também financia a tortura e morte de animais de outra maneira: especializada em artigos de luxo, cabedal, lã, seda e peles são utilizados em vestuário e acessórios.
Declaração da Benefit no seu site. {fonte}
Desde 1989, as empresas de Perfumes e Cosméticos do grupo LVMH (incluindo a Benefit Cosmetics) não realizam testes em animais para os seus produtos - isso foi implementado muito antes da proibição oficial de 2013 estabelecida pela União Europeia. (...)
Alguns clientes expressaram preocupação com a situação na China. Os nossos produtos são fabricados na Europa e, para cosméticos importados, as autoridades sanitárias chinesas solicitam alguns testes em animais: elas exigem que as empresas disponibilizem os seus produtos para serem testados em laboratórios certificados pelo estado apenas para fins de registo, por actualmente ser o único método reconhecido para demonstrar a segurança do produto.
Apesar da LVMH ter marcas que não são vendidas na China, ao comprá-las estamos a dar dinheiro a uma empresa que lucra com o sofrimento dos animais. Por esse motivo, não apoio e não divulgo essas marcas.
Ademais, a LVMH também financia a tortura e morte de animais de outra maneira: especializada em artigos de luxo, cabedal, lã, seda e peles são utilizados em vestuário e acessórios.
4. BOURJOIS
A Bourjois pertence à Coty Inc. e é vendida na China. Só o site francês apresenta uma declaração sobre a política de testes em animais, semelhante à da Rimmel London.

Excerto da declaração da Bourjois no seu site francês. {fonte}
Sabe-se que a China é, actualmente, o único pais que ainda exige testes obrigatórios em animais em todos os produtos cosméticos importados para o país. No entanto, temos participado activamente através de um diálogo com as autoridades e órgãos reguladores chineses, principalmente por meio da CAFFCI. A China começou, recentemente, a estudar alternativas aos testes em animais e solicitou, como tal, o apoio de cientistas europeus.
5. REVLON
Outra multinacional que coloca o lucro acima da ética. No site, apresenta o seguinte esclarecimento:
Declaração da Revlon no seu site. {fonte}
A Revlon não faz testes em animais há décadas. Testamos exaustivamente todos os nossos produtos usando os métodos disponíveis mais avançados tecnologicamente, para garantir que são inovadores e seguros de usar. Acreditamos que todas as mulheres devem ter a oportunidade de se expressar através da maquilhagem e vendemos os nossos produtos em muitos mercados ao redor do mundo.
As autoridades reguladoras de alguns países realizam testes independentes para satisfazer os seus próprios requisitos obrigatórios de registo e um número limitado desses países ainda não adoptou métodos alternativos. Embora a Revlon cumpra os requisitos de segurança em todos os países, continuamos a colaborar com outras empresas para advogar pela adopção de métodos alternativos e pela eliminação de testes em animais em todo o mundo.
Algumas marcas da Revlon são: Natural Honey, Elizabeth Arden, American Crew, Almay e Orofluido.
6. AVÈNE
A declaração da política de testes em animais da Avène difere de site para site: enquanto alguns nada referem sobre o assunto (como o caso do site português), outros não indicam toda a verdade (como o site australiano, que diz somente que a Avène não testa em animais). No entanto, o site britânico apresenta uma declaração mais completa.

(...) Comercializamos os nossos produtos na China. Lá, os testes são impostos pelas regulamentações locais e realizados por laboratórios privados e credenciados pelas autoridades chinesas. Alguns desses testes são realizados em animais. Os Laboratórios Eau Thermale Avène apoiam activamente as acções da Cosmetics Europe para persuadir as autoridades chinesas a suspender os testes em animais e a usar métodos alternativos disponíveis. Acreditamos que, ao trabalhar com as autoridades chinesas, teremos mais chances de alcançar esse objectivo e continuaremos a pressioná-los até que haja uma resolução.Assim como quase todas as empresas nas mesmas circunstâncias, a Avène tenta usar o diálogo com as agências chinesas como uma justificação para estar estabelecida comercialmente na China, quando podia muito bem trabalhar com essas autoridades sem vender os seus produtos no país.
7. VICTORIA'S SECRET
Com uma linha de perfumes e cosméticos, a Victoria's Secret deixou de ser cruelty-free quando entrou no mercado chinês.

Declaração da L Brands, proprietária da Victoria's Secret, no seu site. {fonte}
A Victoria's Secret é contra testes em animais e nenhum produto, formulação ou ingrediente da marca foi testado em animais pela empresa. Quando a Victoria's Secret foi introduzida na China em 2016, os produtos de cuidados pessoais da empresa - como todos os produtos de cuidados pessoais importados para a China - foram submetidos a testes em animais pelo governo chinês para cumprir as suas directrizes de segurança. Embora não realizemos testes, sentimos a necessidade de sermos transparentes com os nossos clientes e, naquele momento, paramos de afirmar que os nossos produtos da Victoria's Secret não eram testados em animais. Desde então, duas coisas aconteceram:
A. O governo chinês tem evoluído os seus requisitos de testes. Os produtos de cuidados pessoais, fabricados na China para serem vendidos na China, não precisam mais de serem testados em animais.
B. Com essa mudança de regulamentação em mente, estamos a trabalhar diligentemente para garantir que os fabricantes na China podem produzir produtos de higiene pessoal da Victoria's Secret, atendendo aos nossos padrões de qualidade e segurança.
Estamos a fazer grandes progressos para localizar a produção de cada vez mais produtos de cuidados pessoais da Victoria's Secret vendidos na China, para minimizar os testes em animais. Continuamos a avaliar rigorosamente as nossas opções, com o objectivo final de que todos os nossos produtos de cuidados pessoais vendidos na China sejam fabricados no país por parceiros chineses estabelecidos que compartilham os nossos valores. Os produtos de cuidados pessoais da Victoria's Secret, vendidos no resto do mundo, são produzidos na América do Norte, Europa e Coreia do Sul.
Tendo em conta esta declaração, é importante ressaltar que:
Apesar dos testes em animais não serem obrigatórios em produtos fabricados na China, esses testes não estão proibidos – ou seja, ainda há o risco dos produtos serem testados em animais;
A China também tem uma lei pós-comercialização que envolve produtos que já se encontram à venda. Essa lei mudou ligeiramente em 2019, deixando de ser obrigatória, mas o governo e as autoridades chinesas podem, se considerarem necessário, retirar os produtos das prateleiras e testá-los em animais na mesma;
Por outras palavras, toda a empresa/marca que venda na China tem os seus produtos submetidos a testes em animais. Por isso, e sem excepção, nenhuma empresa/marca que venda na China é cruelty-free.
8. AVON
Em Dezembro de 2019, foi notícia que a Avon Products Inc. deixaria de testar em animais em todo o mundo, China inclusive. Infelizmente, essa informação é enganosa pelos mesmos motivos que a Victoria's Secret:
Embora os testes não sejam mais mandatórios para cosméticos fabricados na China, não estão proibidos. O mesmo aplica-se para os produtos pós-comercializados. Além disso, a lei continua a exigir que os produtos sejam testados em animais caso haja alguma reclamação por parte de um consumidor. Nesses casos, os produtos são retirados das lojas e testados em animais antes de serem colocados à venda novamente.
A Avon afirma, no seu site, que reformulou alguns produtos para que estes não passem por testes em animais. {fonte} No entanto, isso não elimina o supracitado: não elimina a possibilidade de algum consumidor fazer uma reclamação, bem como não elimina a decisão das autoridades ou do governo de testar em animais quando desejarem. Nenhuma marca, incluindo a Avon, pode proibir os testes em animais quando as autoridades ou o governo chinês assim o decidem.
Para finalizar, a Natura, empresa que adquiriu a Avon Products Inc., faz parte do conselho deliberativo da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos). A ABIHPEC tentou impedir a proibição de testes em animais no Rio de Janeiro e Amazonas, submetendo no STF (Supremo Tribunal Federal) processos jurídicos que questionam as leis que proíbem esses testes no sector cosmético. {fonte} Podem consultar a acção de inconstitucionalidade aqui.
A ABIHPEC também é composta pela Johnson & Johnson, Nivea, Colgate e L'Oréal, entre outras empresas que testam em animais.
9. YVES ROCHER
A Yves Rocher é bastante divulgada como sendo cruelty-free, o que está longe de ser verdade. Infelizmente, está presente na China e, por isso, autoriza que os seus produtos sejam testados em animais.
No site português não há qualquer tipo de informação, mas no francês podemos encontrar esta declaração:
Posicionamento da Yves Rocher sobre os testes em animais no seu site francês. {fonte}
(...) Os regulamentos na China são diferentes dos de outros países onde operamos. De facto, as autoridades chinesas podem decidir testar produtos cosméticos em animais, independentemente da marca, antes de comercializá-los no seu território. A China é a única a decidir sobre esse ponto.
No entanto, nós não baixamos os braços! Para aumentar a conscientização sobre o sofrimento dos animais, optamos por agir localmente e usar a nossa presença para tentar mudar as coisas. Para isso, mantemos contacto com as mais altas autoridades chinesas. O nosso objectivo: convencê-las de que actualmente existem métodos alternativos eficazes e confiáveis.
Vira o disco e toca o mesmo: as empresas podem agir localmente na China sem precisarem de vender os seus produtos lá. É hipócrita intitularem-se contra os testes em animais ao mesmo tempo que assinam um contrato no qual permitem que os mesmos aconteçam.
10. MARY KAY
A empresa anuncia abertamente no site que cede os seus produtos para serem testados em animais quando a lei assim o manda.
Declaração da Mary Kay sobre testes em animais no site português. {fonte}
11. ORIFLAME
Posicionamento da Oriflame no seu site português. {fonte}
Um aparte sobre a última frase: é engraçado a Oriflame afirmar que submete os seus produtos a testes em animais relutantemente, quando comercializa na China por livre e espontânea vontade, mesmo tendo conhecimento das directrizes sobre os testes em animais lá implementadas.
12. M.A.C
Como pertence à Estée Lauder, uma das inúmeras empresas que testam em animais quando requerido por lei, não é cruelty-free.

Declaração da M.A.C sobre testes em animais no seu site. {fonte}
A M.A.C não realiza testes em animais. Não possuímos instalações para testes em animais e nunca pedimos que outras pessoas testem em animais para nós. Embora alguns governos realizem testes em animais para provar a segurança antes de nos permitirem vender os nossos produtos, a M.A.C nunca testou em animais e continua a ser líder no movimento para terminar globalmente com os testes em animais. Para esse fim, estamos orgulhosos de fazer parceria com o IIVS, para expandir o uso e a aceitação de testes sem animais em todo o mundo.
A M.A.C tenta desvincular-se dos testes em animais praticados pelas autoridades chinesas, mas a sua situação é igual às restantes marcas e empresas que optam por vender na China: ao deixar que os seus produtos sejam testados em animais, também é responsável por esses testes.
13. AUSSIE
Esta marca de produtos para o cabelo pertence à Procter & Gamble, uma multinacional que testa em animais.

Declaração sobre a política de testes em animais da P&G no site da Aussie. {fonte}
Não testamos os nossos produtos em animais em nenhuma parte do mundo, a menos que seja requirido por lei, e estamos a trabalhar arduamente para tornar os testes em animais obsoletos (...).
Somos apoiantes orgulhosos da #BeCrueltyFree e investimos mais de 420 milhões de dólares no desenvolvimento de métodos de testes que não envolvam animais (...). Continuaremos a trabalhar com parceiros como a HSI e a PETA, para promover o desenvolvimento de novas alternativas e defender o seu uso e adopção públicos para eliminar os testes em animais.
Nesta declaração, a P&G procura posicionar-se favoravelmente, ao explicar o quanto contribui para o desenvolvimento de testes sem animais. No entanto, tudo isso não deixa de ser o contrário das suas outras práticas: como foi possível ler ao longo do artigo, quase todas as empresas com as mesmas políticas da P&G fazem declarações semelhantes, numa tentativa de maquilhar a realidade – de que todas elas testam em animais e/ou autorizam testes em animais para benefício próprio.
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Também conhecida por dose letal média ou DL-50, trata-se da aplicação de uma dose necessária para uma determinada substância ou radiação matar 50% de uma população em teste. Inventado por J. W. Trevan, em 1927, o objectivo é medir os níveis de toxicidade de determinados ingredientes em animais vivos sem nenhum tipo de anestesia.
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O teste de Draize foi criado pelos toxicólogos John H. Draize e Jacob M. Spines em 1944. O objectivo é testar a irritabilidade de certas substâncias através da observação dos seus efeitos na pele e nos olhos dos animais, denominados por teste de irritação cutânea e teste de irritação ocular respectivamente. Anestesias não são utilizadas em ambas as experiências.
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Foi, durante anos, conhecida como uma marca livre de testes em animais, sendo apreciada por muitas mulheres que gostam de estar bonitas sem crueldade. Todavia, a política da Victoria's Secret deu um passo à frente para o abismo e caiu para a atrocidade obsoleta que os testes em animais comportam.
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