04/03/2019

Convivência ética e correcta com os pombos urbanos e controlo eficaz da população


O que sabemos nós sobre os pombos de cidade?

Origem

Os pombos de cidade foram domesticados a partir do pombo das rochas (um pombo selvagem) para serem explorados pela sua carne, ovos, penas e estrume. Quando já não tiveram uso foram libertados e deixados à sua sorte e, como dependem de nós para sobreviver, aglomeraram-se nos centros urbanos.

Por outras palavras, os pombos de cidade foram criados pelos humanos. São animais domesticados abandonados.

Pombos, um risco para a saúde?

É um mito de que os pombos urbanos transmitem doenças ao ser humano.

Factos

As doenças que os pombos podem ter são específicas do hospedeiro, ou seja, são doenças próprias das aves. Basicamente, os pombos não nos transmitem mais doenças do que outras aves quaisquer.
Em 1989, o ex-presidente do Departamento Federal de Saúde da Alemanha, o Professor Dr. Grossklaus, disse: O risco dos pombos para a saúde [pública] não é maior do que o das aves ornamentais e silvestres, nem dos animais domésticos.
Esta afirmação foi confirmada em 2001 pelo Instituto Federal de Protecção e Medicina Veterinária de Berlim, e em 2011 pelo Dr. Ludger Kamphausen, ex-dirigente da clínica mais conhecida para pombos em Essen, Alemanha [fonte]. Em suma, os pombos de cidade não representam nenhum risco de saúde para os humanos.

Controlo da população

Infelizmente, há várias cidades portuguesas que recorrem a capturas e gaseificação dos pombos urbanos como meio de controlar a população. Também são aplicadas multas a quem os alimenta, com a explicação de que, ao não alimentarmos os pombos, decorrem menos nascimentos. Nem as capturas e nem a proibição da alimentação são métodos eficazes e em nada resultam para diminuir a população.

A única forma ética, humana e eficaz é o Modelo de Augsburg. Este modelo baseia-se na construção de pombais contraceptivos onde os pombos são alimentados com uma ração adequada, retirando-os das ruas para não incomodar a população e, ao mesmo tempo, trocando-se os ovos verdadeiros por uns falsos, impedindo assim novos nascimentos.

Conclusão

Para uma convivência correcta com os nossos pombos urbanos, as cidades devem investir num controlo eficaz e ético através de pombais contraceptivos, para assim diminuir efectivamente a população e afastar os animais das ruas, visto que os pombos, ao instalarem-se num pombal, permanecem lá durante 80% do seu dia.

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Informação adaptada do grupo Pela Vida e Dignidade dos Pombos
Ver e descarregar o folheto informativo original aqui.

Fotografia | Fonte