20/08/2018

1 Milhão de pessoas pediram ao Presidente sul-coreano para banir o comércio de carne de cão


O Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-In, foi instado a acabar com o comércio de carne de cão no seu país. Os activistas de protecção animal de Seoul deslocaram-se até à residência presidencial e entregaram pessoalmente uma petição assinada por mais de um milhão de pessoas de todo o mundo.

Os activistas, que fazem parte da Humane Society International/Korea e da Korea Animal Rights Advocates (KARA), juntamente com o site de petições Care2 também entregaram ao Presidente uma carta pedindo-lhe para iniciar uma eliminação progressiva das cerca de 17,000 fazendas de carne de cão de todo o país, nas quais cerca de 2,5 milhões de cães são criados para consumo humano.

De acordo com os activistas, o governo sul-coreano concordou em remover os cães e gatos da definição legal de gado no dia 10 de Agosto, mas tanto a HSI como a KARA querem um plano de acção devidamente organizado.

O director da KARA, Jing-kyung, declarou:

Congratulamo-nos com o recente anúncio do Governo, ao afirmar que a Lei actual que define cães como gado está desactualizada e a Lei da Indústria Pecuária será modificada para excluir os cães. As autoridades reconheceram que a Lei actual pode dar a impressão errada de que o Governo aprova cães de criação para consumo humano. Este é um enorme passo em frente desde que a Lei deu legitimidade às fazendas de cães na Coreia. 

Nara Kim, administradora da campanha contra a carne de cão da Humane Society International/Korea, disse:

A nossa petição de 1 milhão de assinaturas reflecte o desejo de cidadãos compassivos, tanto na Coreia do Sul como de outras partes do mundo, que querem o fim da crueldade brutal da indústria de carne de cão. Esperamos que o Presidente Moon concorde que está na hora da Coreia do Sul acabar com este comércio, que tanto causa sofrimento aos animais e é cada vez mais rejeitado pelos sul-coreanos.
Nós queremos que a Coreia do Sul se junte ao número cada vez maior de países e territórios asiáticos que consignaram o comércio de carne de cão aos livros de história.

Assim como a petição, a Humane Society International/Korea tem divulgado imagens de cortar o coração, com fileiras de cães vivos e mantidos em gaiolas no exterior de lojas de carne de cão e restaurantes no mercado de Gupo, em Busan. Alguns dos cães têm coleiras, um indicador de que provavelmente foram animais de estimação de alguém. Todos eles estão amontoados, aguardando a sua vez de serem seleccionados para o abate, sendo o habitual a electrocussão nas traseiras da loja ou do restaurante.

Actualmente, a indústria de carne de cão é proibida em Hong Kong, Taiwan, Filipinas, Tailândia e Singapura, sendo que o governo da Indonésia é o mais recente a comprometer-se a fazer o mesmo. Apesar disso, estima-se que cerca de 30 milhões de cães são mortos e consumidos todos os anos em vários locais da Ásia.


Fonte da notícia: Plant Based News
Imagem: Google


Nota pessoal do blogue: Assim como a indústria de carne de cão e de gato, as restantes indústrias que exploram animais para consumo são igualmente injustas. O nosso reconhecimento, de que matar cães para comer é errado, deve-se estender para as outras formas de vida sencientes. As vítimas podem ser diferentes mas sentem exactamente o mesmo e passam pelos mesmos processos cruéis.