16/06/2018

O Luxemburgo é o 10.º país europeu a banir a indústria de peles


Mais uma chapada na cara da exploração animal: o Luxemburgo é a décima nação europeia a proibir as quintas de produção de peles, juntando-se a países como a Croácia, República Checa, Noruega e Alemanha.

Esta decisão levou dois anos a ser trabalhada para ser atingida, assentando numa nova lei baseada no pressuposto de que os animais “são seres vivos sencientes com um sistema nervoso e especificamente capazes de sentir dor e outras emoções”, incluindo “sofrimento e agonia”. A lei foi primeiramente proposta em Maio de 2016 pelo Ministro da Agricultura, Fernand Etgen, e terá efeito a partir de Outubro deste ano. Etgen apresentou esta lei para assegurar “a dignidade, a protecção da vida, a segurança e o bem-estar dos animais”:

A legislação de bem-estar animal exige uma profunda reforma por causa do que os avanços científicos revelaram sobre os animais e por causa da mudança na forma como os animais são vistos pela sociedade humana.

Corroborando, o Conselho do Governo de Luxemburgo afirmou:

Os animais não são mais considerados como uma coisa, mas como seres vivos não-humanos dotados de sensibilidade e possuidores de certos direitos.


Apesar do país não ter nenhuma fazenda de criação de animais para peles, a medida visa proibir qualquer instalação do género. Fora da Europa, outros países também estão a impor proibições e restrições duras: o Japão acabou com as fazendas de produção de vison e a Índia interdita a importação de certos tipos de peles, como de repteis, marta, foca, raposa e chinchila. São Francisco foi a primeira cidade norte-americana a proibir o comércio de peles, com São Paulo a seguir o exemplo e a proibir a criação de animais para extracção de peles.

Assim como as outras formas de exploração animal, a indústria de peles implica o sofrimento e assassinato de milhões de animais por ano. Na União Europeia, temos a Dinamarca como uma das maiores produtoras de peles do mundo e a Polónia como o segundo país com mais fazendas de peles e o terceiro maior produtor mundial de pele de raposa. Os animais criados para esta finalidade são asfixiados, electrocutados por via anal ou vaginal, esfolados vivos ou têm as suas línguas cortadas para sangrarem até à morte.

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Notícia via Fur Free Alliance

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